quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O sexto voto do sucesso


Enganei a mim mesmo por tempo demais.
Ofereci apenas um simulacro de trabalho aos que me empregaram e demonstrei má vontade em cada hora do que considerava um labor aborrecido. O trabalho, para mim, era o lamentável preço que tinha de pagar para existir porque os deuses não acharam conveniente, por ocasião de meu nascimento, colocar ouro em minhas mãos e uma coroa em minha cabeça.

Que tolo foi eu. 
Agora sei que o fruto derivado do trabalho é o mais doce de todos os prazeres e que embora o gênio possa começar grandes obras, apenas o trabalho irá completá-las. Finalmente meus olhos se abriram por meio destes pergaminhos.

Quão mais fácil seria o meu trabalho se, tentando aperfeiçoar sua qualidade, eu despendesse tanto esforço quando gasto tentando encontrar desculpas por não atendê-lo apropriadamente.

Há um imponente segredo do sucesso que minimiza todas as outras regras. Será incluído com certeza em todas as listas de afirmações sobre a criação de um a vida melhor nos séculos e milênios vindouros, e no entanto a maior parte da humanidade o rejeita, vezes sem conta, julgando-o difícil demais. 
Riqueza, posição, fama e mesmo a fugidia felicidade serão minhas, ao final, se me determinar a prestar mais e melhor serviço, a cada dia, do que sou pago para prestar. Há uma outra e mais eficaz maneira de recordar essa lei da vida extremamente difícil - quando se pede a alguém para andar um quilometro, deve-se andar dois de boa vontade.

Há séculos, assim como atualmente, apenas uns poucos terão a determinação de seguir este grande segredo dos empreendedores, e estes serão os merecedores de honras.
Eu começo hoje!

Nunca mais irei realizar qualquer tarefa sem todo o meu empenho.

Agora sei que para crescer e progredir devo atender estritamente á minha ocupação e manter-me um pouco adiante dos tempos. Aqueles que atingem o topo são os que não estão satisfeitos fazendo apenas o que deles é exigido. 
Eles fazem mais. Eles andam outro quilometro. E mais outro. 
A quantificação de sua recompensa nunca lhes passa pela mente. Sabem que no final irão receber seu premio.
Há apenas um método certo de alcançar nossos objetivos e este é por meio do trabalho árduo, tanto mental quanto físico. Se eu não estiver disposto a pagar esse preço pela distinção, deverei estar preparado a resignar-me a um futuro de lágrimas e pobreza enquanto eu me lamentar com autopiedade pela futilidade de uma vida vazia de sorrisos e recompensas.
Não mais sentirei pena de mim. Abandonei essa estrada que não leva a lugar nenhum.

Nunca mais irei realizar qualquer tarefa sem todo o meu empenho.

Não estou acorrentado ao meu trabalho. Não sou um escravo. Mesmo se detestar as tarefas que preciso desempenhar, vou compreender que essa maçada é tão necessária para extrair os meus tesouros de minha mente, de modo que eu possa melhorar minha condição, quanto a aração e o plantio o são para produzir resultados para os que amanham o solo. 
Posso crescer além de qualquer tarefa designada a mim agora desde que nunca me esqueça de que sou filho de Deus, nascido para a vitória. Seja qual for meu trabalho, deixe-me realizá-lo com amor e não falharei.

Minha parcela do trabalho deste dia pode ser limitada, mas o fato de ser trabalho a torna preciosa. 
O mundo não é movido apenas pelos poderosos músculos de nossos heróis, mas também pelo conjunto de pequenos empurrões de cada trabalhador honesto.
O segredo do verdadeiro amor ao trabalho é a esperança de sucesso nesse trabalho, não pela recompensa monetária, nem pelo tempo gasto ou pelo talento exercido, mas pelo orgulho e satisfação na realização do trabalho em si.
Uma recompensa suficiente por uma coisa bem-feita é tê-la feito.

Nunca mais irei realizar qualquer tarefa sem todo o meu empenho.

Daqui por diante, quando o meu trabalho do dia estiver terminado, irei surpreender o mundo. 
Irei continuar em minha tarefa, apenas um pouco mais, e deixar que esse esforço extra seja um investimento no meu amanhã. Com tal atitude, tão rara neste mundo egoísta que habitamos, não vou falhar.
Todavia, se eu labutar de tal maneira, se persistir em avançar o quilometro extra, devo-me preparar-me para zombarias daqueles que nunca contribuem com um dia de trabalho honesto. 
Para realizar algo grande nesta vida curta, tenho consciência de que preciso aplicar-me ao trabalho com tal concentração de minha mente, músculos e tempo que, para aqueles que vivem na esqualidez da ociosidade, posso parecer ter perdido o juízo.
Que assim seja.

Nunca mais irei realizar qualquer tarefa sem todo o meu empenho.

Dêem-me amor e trabalho, apenas essas duas coisas, e terei condições de viver uma vida de contentamento. Pode ser que eu não seja feliz por tempo sem comida, bebida, roupas ou abrigo, mas posso ter todas essas coisas à perfeição e ainda assim ser infeliz. O que é melhor para um rio? 
É manter-se em movimento. Se pára, fica estagnado. O melhor para mim é o que mantém minhas correntezas fluindo. Poucas pessoas percebem o quanto sua felicidade depende de seu trabalho, do fato de serem mantidas ocupadas e não deixadas a se alimentarem de si mesmas. Não sou nada sem meu trabalho.
O primeiro segredo da felicidade é ter alguma coisa para fazer.

Nunca mais irei realizar qualquer tarefa sem todo o meu empenho.

Nunca mais deixarei de andar o quilometro extra ou apresentarei menos que a minha paga merecer.
Farei meu trabalho, daqui por diante, com toda a intensidade que puder aplicar - não apenas meu trabalho e nada mais, mas um pouco mais, aquele pouco mais que com o tempo valerá por todo o resto. 
E se eu sofrer, como acontecerá com frequência, e se eu duvidar do valor de meus esforços, como farei ocasionalmente, ainda assim farei meu trabalho. Aplicarei nele meu coração e o céu irá clarear, e do seio da própria dúvida e sofrimento irá nascer a alegria suprema da vida. Deixe-me sempre obedecer este voto especial do sucesso.

Nunca mais irei realizar qualquer tarefa sem todo o meu empenho.


Do livro O maior vendedor do mundo - 2ª parte: O fim da história, de Og Mandino.



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