quarta-feira, 26 de junho de 2019

A fábula do anel repaginada



         Era uma vez um menino, bonito, inteligente, que estudava em uma ótima escola, com excelentes professores; tinha uma família que se esforçava para dar-lhe o melhor que podiam, dentro de suas limitações; era um menino que tinha tudo para ser feliz, mais não era, pois nesta escola os colegas não o respeitavam. Todos os dias era vítima de xingamentos, insultos, apelidos pejorativos; era agredido física, verbal e emocionalmente; tinha seus objetos pessoais furtados, destruídos; jamais era convidado para participar de nenhuma atividade com os demais alunos, sendo excluído do convívio social; era alvo constante de montagens fotográficas e de vídeos em situações constrangedoras, sendo humilhado também pelas redes sociais, ele era, portanto, vítima das mais diversas formas de bullying.
Como não tinha amigos na escola e os seus pais sempre muito ocupados, não tinha com quem desabafar, tendo como única válvula de escape falar sobre seus problemas com estranhos, nas redes sociais. Como sabemos a Internet, se mal utilizada pode ser muito perigosa, e ele se abria para qualquer pessoa que se mostrasse amiga. Nestes bate-papos, começou a entrar em grupos, que começaram a incentivá-lo a participar de desafios e jogos perturbadores, começou a se automutilar e desenvolveu uma depressão profunda, passou a se isolar cada vez mais; ninguém notava seus problemas, o que o fazia pensar que era invisível. Tentava conversar com seus pais, mais os mesmos, preocupados com suas carreiras, jamais tinham tempo para ele; da mesma forma, tentava conversar com seus professores, que alegavam que tinham muito conteúdo para ministrar, não restando tempo para uma conversa mais prolongada.
Diante de tal situação, o que lhe restava eram seus amigos virtuais, que cada vez mais o incentivam para o mal, chegando a colocá-lo em grupos de suicídio. Quando estava no auge do desespero, já cogitando atentar contra sua própria vida, tudo desencadeado pelo bullying, lembrou que nesta escola tinha um monitor disciplinar diferente, que não se preocupava somente com a parte disciplinar dos alunos e com os conteúdos que os professores ministravam, ele se preocupava com o sentimento dos alunos, com suas emoções, era sempre muito alegre, sorridente, procurava ajudar a todos, ouvia profundamente e empaticamente os alunos. Deixava tudo que tinha para fazer para dar-lhes atenção, era muito respeitador e cordial com todos: professores, servidores, alunos, sendo muito querido; e o melhor, ele tinha uma característica muito peculiar, sempre andava com um violão e adorava cantar para os alunos.
Decidido, o menino resolveu procurar o monitor, todavia quando estava indo a escola com este intuito, foi atacado na rua por colegas, que o agrediram, rasgando sua camiseta e o derrubando ao chão; para piorar ainda fizeram vídeos e fotos dele naquela situação humilhante e saíram zombando, dizendo que já haviam publicado nas redes sociais aquela humilhação. O menino chegou na escola chorando e falou com o monitor:
- Venho aqui, monitor, porque me sinto insignificante, invisível, não tenho forças, nem ânimo para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota, todos os dias me batem, me xingam, me humilham, não tenho amigos, meus pais não tem tempo pra mim, minha vida perdeu completamente o sentido, estou deprimido, conheci umas pessoas pela Internet que me incentivaram a me mutilar, o que piorou muito minha situação, estou participando de grupos de suicídio e estou pensando realmente em dar cabo da minha vida, pois tenho certeza que ninguém notará minha falta, pois ninguém gosta de mim. Preciso da sua ajuda! Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem?
O monitor, com um olhar duro e com uma voz arrogante disse:
- Não estou nem um pouco preocupado com você, não posso e não quero te ajudar, devo primeiro resolver os meus próprios problemas. Aprenda uma coisa meu jovem, as pessoas são egoístas, olham somente para seus próprios umbigos, e eu sou assim também. Falou o monitor de maneira ríspida e arrogante, o que causou um espanto no menino, pois ele sempre foi carinho e solícito com todos.
O monitor continuou:
-Talvez depois. E fazendo uma pausa, falou:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver o meu problema, e depois de resolver o meu problema, quem sabe eu não ajude você a resolver o seu.
            - C... claro, monitor, gaguejou o garoto, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar, porém ele era um menino bom, e quem é bom faz o que é certo, independentemente de como é trato, quem é bom faz o bem, este era seu lema. O monitor tirou um anel que usava, deu ao garoto e disse:
- Vá até a feira agora. Tenho que vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que cinquenta reais. Vá e volte com o dinheiro o mais rápido possível. O garoto pegou o anel e partiu. Mal chegou a feira, começou a oferecer o anel aos feirante e transeuntes. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o menino mencionava o valor, cinquenta reais, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, outros falavam que ele era um ladrão, vigarista, que o anel não valia tudo isso, que era falsificado. Um velhinho, que vendia umas folhagens, em uma barraca bem humilde, foi amável a ponto de explicar que, cinquenta reais era muito para aquelas pessoas, que elas iam a feira com pouco dinheiro, e o pouco que levavam não era para comprar supérfluos, mas somente o necessário. Depois de oferecer a joia a todos que passaram pela feira, abatido pelo fracasso voltou a escola decepcionado. O menino desejou ter cinquenta reais para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando da preocupação seu monitor e assim podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na escola e disse:
- Monitor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir dez ou vinte reais, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel, as pessoas até demonstravam algum interesse, mais quando eu falava o valor, saiam com insultos, dizendo que este anel não vale tudo isso. 
- Importante o que disse, contestou o monitor ainda com ar bastante arrogante. Devemos saber primeiro o valor do anel. Vá agora até joalheria e fale com o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel, do que um especialista? Conte a história, diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.
O jovem garoto foi até o joalheiro, contou a história e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro, ao pegar o anel para examinar já demonstrou espanto, exclamando:
- Não pode ser real, é falso, não é possível! Examinou o anel cuidadosamente com uma lupa, pesou-o e disse:
- Diga ao seu monitor, se ele quiser vender agora, eu pago um milhão de reais pelo anel.  O menino, surpreso, exclamou:- UM MILHÃO DE REAIS!!!
- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que é pouco, mais é todo dinheiro que possuo, não vou te enganar, este anel vale mais de dez milhões, pois é feito de um ouro especial, que não existe mais no mundo, este anel é único, não existe outro exemplar como este, ele é uma relíquia, uma raridade.
O garoto pegou o anel, e correu emocionado para a escola, para contar o que ocorreu ao monitor, pois ele era possuidor de uma grande fortuna e quase iria cometendo um grave erro, se tivesse vendido o anel na feira. O menino chegou a escola esbaforido.
- Sente-se, meu jovem, disse o monitor, com um belo sorriso no olhar e de forma bem carinhosa, como ele sempre fora. Depois de ouvir pacientemente tudo que o jovem lhe contou, disse:  - Primeiro, eu te tratei de forma ríspida e arrogante, pois as vezes só aprendemos com as lições mais duras da vida; porém desde o início eu queria te ensinar uma valiosa lição. Você é como esse anel, uma joia valiosa e única, não existe no mundo ninguém como você, com seus dons, talentos, aptidões. Seus colegas na escola, que praticam bullying, que fizeram desencadear todo esse sofrimento emocional, são como aquelas pessoas na feira, tiveram a oportunidade de comprar o anel por um valor irrisório, poderiam ter ficado ricas, mas não conseguiram enxergar o valor que tinham em suas próprias mãos, assim são eles, não deixe que apaguem o brilho que é seu, o valor que existe em você excede todas as riquezas do mundo somadas, sendo possível ser avaliado somente por um especialista, como tentei demonstrar com o joalheiro.
E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo, o menino já estava em prantos, quando o monitor olhou profundamente em seus olhos, pegou seu violão e cantou uma bela canção(A MÚSICA ESTÁ NO VÍDEO ABAIXO), que narrava todo aquele aprendizado de maneira inigualável e profunda em suas emoções.
Daquele dia em diante, o menino reconheceu que é importante, que tem valor, para sua família, para a escola, para seu país; jamais voltou a se mutilar, venceu a depressão, começou a enxergar o mundo com bons olhos, passou a amar a vida, se amar, passou a ter autoestima, autoimagem e auto aceitação elevados e os colegas que antes o faziam sofrer, passaram a respeitá-lo, e assim ele transformou inimigos em amigos; mais só depois que reconheceu e deu a si mesmo, o seu real valor.

Aquino Educador


domingo, 4 de novembro de 2018

Profissão da Alice

Quando eu crescer, quero ser policial, eu acho a profissão policial muito interessante, pois meu pai também é, e por conviver muito com ele, acabei achando muito legal. Sempre gostei muito de quando ele chagava em casa com armas, balas e todas aquelas fardas bem diferentes. Também gosto porque ajuda muito a sociedade, pois sem essa profissão no nosso país haveriam muitos roubos, furtos, assassinatos e muito mais. Mais a polícia também não só ajuda a prender bandidos, ela também ajuda nas escolas, em projetos sociais e ajuda na segurança da sua cidade, do estado e do seu país. Gosto dessa profissão porque tem em uma só, adrenalina, respeito, comprometimento, lealdade, e muitos outros conceitos. É por isso que eu quero se POLICIAL!    


Texto elaborado pela minha querida, amada, perfeita, amorosa, filha do coração. O texto foi feito para um dever de casa corriqueiro de ciências, todavia é bem mais que uma simples tarefa, é a visão de uma criança sobre a nobre profissão policial.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

AMOR

Amor existe em vários meios, amor como amigo, amor de namorados, casais, famílias e animais, existe amor falso, interesseiro, amor de verdade e muitos outros, mas o que é amor?
Amor é um sentimento forte, pois é algo que existe, mais nunca da mesma forma, quando nos apaixonamos por alguém, nunca será o mesmo tipo de amor, alguns serão fortes, outros fortes, mais nem tanto. 
Outros tipos de amor, entre amigos não importa ser entre as meninas, entre meninos ou menina e menino. Muitas pessoas jugam; ame, apenas ame, somos capazes disso, então em vez de criticar, apenas ame, pois é isso que faz o mundo melhor. 

AME O PRÓXIMO, NÃO IMPORTA COMO A PESSOA SEJA, APENAS AME. 
                                                                                                       


Aluna: Ana Clara                                            
Classe: 7º ano                                              
Colégio Triângulo     

Texto escrito após palestra de Bullying e Cyberbullying, ministrada na referida escola, no dia 10 de outubro de 2018.

Autorresponsabilidade