sábado, 2 de fevereiro de 2013

O primeiro voto do sucesso

Nasci para ser bem sucedido, não para falhar.
Nasci para o triunfo, não para curvar minha cabeça, derrotado.
Nasci para brindar às vitórias, não para lamentar e queixar-me.
O que aconteceu comigo? Quando foi que meus sonhos todos se desvaneceram numa mediocridade cinzenta em que as pessoas comuns aplaudem umas às outras como excelentes?
Ninguém é tão enganado por outra pessoa quanto por si mesmo.
O covarde está convencido de que é apenas cauteloso e o avarento sempre pensa que está praticando frugalidade. Nada é tão fácil quanto enganar o próprio eu, uma vez que o que desejamos é sempre fácil de acreditar.
Ninguém, em minha vida, enganou-me tanto quanto enganei a mim.
Por que sempre tento cobrir minhas pequenas realizações sob cobertores de palavras que fazem pouco de meu trabalho ou que são desculpas por minha falta de habilidade? Pior que tudo, terminei por acreditar tanto em minhas desculpas que vendo de boa vontade os meus dias por centavos enquanto me consolo com pensamentos de que as coisas sempre poderiam ser piores.
Basta!
É tempo de estudar a reflexão em meu espelho até que eu reconheça que o inimigo mais daninho que tenho... sou eu. Finalmente, neste momento mágico com meu primeiro pergaminho, o véu do auto-engano está começando a levantar-se de meus olhos.
Agora sei que há três classes de pessoas no mundo. As primeiras aprendem com sua própria experiência - estas são sábias. As segundas aprendem da experiência dos outros - estas são afortunadas. As terceiras não aprendem nem da própria experiência nem da experiência dos outros - estas são tolas.
Não sou um tolo. Daqui por diante caminharei com minhas próprias pernas e minhas terríveis muletas da autopiedade e autodesprezo foram postas de lado para sempre.
Nunca mais irei lamentar ou diminuir a mim mesmo.
Como eu era tolo quando me postava em desespero, à beira da estrada, e invejava os bem-sucedidos e os ricos enquanto estes desfilavam. São eles abençoados com talentos únicos, inteligência rara, coragem heróica, ambição persistente e outras qualidades destacadas que não possuo? Foram-lhes concedidas mais horas, em cada dia, nas quais realizar suas portentosas tarefas? Têm eles corações cheios de compaixão e almas trasbordantes de amor que sejam diferentes dos meus? Não! Deus não tem favoritos. Somos todos modelados do mesmo barro.
Agora sei também que a tristeza e os reverses de minha vida não são únicos para mim. Mesmo os mais sábios e os mais bem-sucedidos de nosso mundo sofrem períodos de mágoas e fracasso, mas eles, diversamente de mim, aprenderam que não há paz sem distúrbio, não há descanso sem tenção, não há riso sem pesar, não há vitória sem luta, e esse é o preço que todos pagamos por viver. Houve um tempo em que eu pagava o preço de boa vontade e complacente, mas desapontamentos e derrotas constantes inicialmente erodiram minha confiança e depois minha coragem, exactamente como pingos d'água irão, com o tempo, destruir o mais sólido granito. Tudo isso agora ficou para trás.
Não sou mais um dos sofredores, permanecendo sempre nas sombras dos outros e escondendo-me por trás de minhas tristes desculpas e álibis enquanto os anos passam e se perdem.
Nunca mais irei lamentar ou diminuir a mim mesmo.
Agora sei que paciência são até mais eficazes que força e paixão. Os anos de frustração estão prontos para a colheita. Tudo o que consegui realizar e tudo o que tenho esperança de realizar foi e será por aquele processo mourejam-te, paciente, perseverante que constrói o formigueiro, partícula por partícula, pensamento por pensamento, passo por passo.
O sucesso, quando chega de um dia para o outro, frequentemente parte com o amanhecer. Estou preparado, agora, para uma existência de felicidade porque finalmente reconheci um poderoso segredo oculto nos anos que me trataram tão asperamente. O fracasso é, em certo sentido, a estrada para o sucesso, uma vez que toda descoberta que fazemos do que é falso leva-nos a buscar zelosamente o que é verdadeiro e cada nova experiência aponta alguma espécie de erro que iremos posteriormente evitar com cuidado.
A trilha pela qual caminharei, frequentemente emudecida por minhas lágrimas, não foi uma viagem desperdiçada. Nunca mais irei lamentar ou diminuir a mim mesmo.
Obrigado, Deus, por ser honesto comigo, hoje, e colocar em minhas mãos estes preciosos pergaminhos. Eu me encontrava na vazante mais baixa de minha vida mas deveria ter sabido que é nesse momento que a maré se inverte sempre.
Nunca mais irei olhar rancorosamente para o passado. Este jamais retornará.
Ao invés disso, com estes pergaminhos, irei moldar o presente, porque este é meu, e seguirei em frente para encontrar o futuro misterioso sem medo, sem dúvidas, sem desespero.
Fui formado á imagem de Deus. Não há nada que eu não possa alcançar se tentar.


Nunca mais irei lamentar ou diminuir a mim mesmo.



Do livro O maior vendedor do mundo - 2ª parte: O fim da história, de Og Mandino.

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