quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Grande Rei da Luz

     Houve, certa vez, um rei que governou seu reino com notável êxito. Por causa de sua sabedoria ele era chamado Rei da Grande Luz. A todos explicava os princípios de sua bem sucedida administração. Ei-los:
     A melhor maneira para um governante administrar o seu país é, antes de tudo, governar-se a si próprio. Um governante deve apresentar-se perante o seu povo, com o coração compassivo, deve ensinar e conduzi-lo a remover todas as impurezas de suas mentes. A felicidade que advém dos bons ensinamentos em muito excede a alegria que as coisas materiais do mundo podem oferecer. Portanto, ele deveria dar a seu povo um bom ensinamento e manter suas mentes e corpos tranquilos.
     Quando os pobres até ele vierem, deve abrir o seu armazém e deixá-los levar o que quiserem, e então, aproveitando-se da oportunidade, ensinar-lhes a sabedoria em se livrarem de toda a ganância e do mal.
      Cada um tem um diferente visão das coisas, de acordo com o estado de sua mente. Alguns consideram a cidade em que moram como boa e bonita, outros a consideram como suja e arruinada. Tudo depende dos estado de suas mentes.
     Aqueles que respeitam os bons ensinamentos podem ver, nas vulgares árvores e pedras, todas as belas luzes e cores da lazulita, enquanto os gananciosos, que não sabem como controlar suas próprias mentes, são cegos mesmo aos esplendores de um palácio de ouro.
    Assim se passa com tudo, na vida cotidiana de uma nação. A mente é a fonte de tudo, e, consequentemente, o governante deve primeiro levar o povo a disciplinar as suas próprias mentes.


Do livro A Doutrina de Buda, Siddharta Gautama, página 149.

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